Descubra como os serviços de computação em nuvem estão transformando o setor financeiro e apoiando estratégias de inovação tecnológica.
Houve um tempo, não tão distante, em que a simples menção de “serviços de computação em nuvem” no setor financeiro era recebida com desconfiança. As instituições financeiras, conhecidas por sua natureza conservadora, hesitavam.
Porém, como em toda história de evolução tecnológica, o inevitável aconteceu: o setor financeiro passou da incerteza à adesão, com um ímpeto renovado para abraçar a nuvem. Hoje, “ficar fora de cloud é ignorar a inovação”.
Essa declaração foi feita pela Cintia Barcelos, diretora de Tecnologia do Bradesco, durante o Febraban 2023, o maior evento de tecnologia e inovação do setor financeiro na América Latina.
Ali, líderes e especialistas do setor financeiro se encontraram para discutir não apenas as tendências emergentes, mas também as melhores práticas e soluções que estão redefinindo o mundo financeiro. E a migração para cloud foi um dos principais tópicos, juntamente com a inteligência artificial e todo o potencial que ambas tecnologias oferecem.
Ao longo deste artigo, vamos entender por que instituições financeiras têm optado ativamente por serviços de computação em nuvem e como elas estão implementando e avançando com a estratégia de inovação tecnológica em suas empresas.
Por que as instituições financeiras viraram a atenção para o cloud?
Com a transformação digital em pleno andamento, bancos e instituições financeiras se encontram em uma encruzilhada estratégica: adotar a nuvem e suas inúmeras capacidades ou ficar para trás na corrida pela inovação.
Inicialmente, o medo da insegurança e da falta de controle restringiu sua adoção. Contudo, os serviços de computação em nuvem evoluíram rapidamente. Conforme os dados da IDC indicam, 67% das organizações financeiras globais já embarcaram nessa jornada, adotando uma estratégia de nuvem pública e privada.
O objetivo? Modernizar sua infraestrutura e impulsionar a tão necessária transformação digital.
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A migração para cloud permitiu que as instituições financeiras ampliassem seus serviços, melhorassem a experiência do cliente e se mantivessem competitivas em um mercado cada vez mais digital.
O Santander, por exemplo, hoje, já tem a migração para a nuvem como um ponto de partida para qualquer nova iniciativa. Durante a Febraban 2023, Ricardo de Oliveira Contrucci, Chief Technology Officer (CTO) do Santander Brasil, revelou que o banco não começa nenhum projeto sem considerar cloud.
“Ela nos habilita a fazer coisas que não fazíamos antes, e de maneira massificada”. Essa afirmação é respaldada pelo fato de que mais de 90% de todas as operações do banco estão agora rodando em ambientes de nuvem, seja pública ou privada.
Além disso, os bancos têm mostrado uma inclinação para estratégias multicloud, buscando diversificar seus recursos e reduzir dependências.
Esta abordagem fornece uma flexibilidade muito necessária para se adaptar a um ambiente financeiro em rápida mudança. Mas, para gerenciar múltiplos ambientes de nuvem, também é necessário conhecimento e experiência.
A simbiose entre I.A e Cloud Computing
Sozinhas, ambas as tecnologias já têm o poder de revolucionar o setor. E, quando harmonizadas, criam uma sinergia que potencializa a estratégia de inovação tecnológica, redefinindo a forma como os serviços financeiros são prestados e consumidos.
1. Capacidades Ampliadas da I.A
A I.A necessita de vastas quantidades de dados para treinamento, análise e previsão. Por sua vez, os serviços de computação em nuvem oferecem uma infraestrutura de armazenamento e processamento flexível e escalável.
Isso significa que as soluções baseadas em I.A podem ser treinadas, implementadas e escaladas de forma mais eficaz no ambiente de nuvem.
O Bradesco, por exemplo: em 2015, o banco introduziu ao mundo a Bia, sua atendente virtual alimentada por I.A. Esta iniciativa inicial provou ser apenas a ponta do iceberg. Em sua mais recente inovação, o Bradesco empregou IA generativa na migração para cloud, visando agilizar demandas de desenvolvimento e regulamentação.
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De acordo com Cíntia Barcelos, diretora de Tecnologia do Bradesco: “Testes já demonstram maior produtividade de 405 dos desenvolvedores a partir do uso da IA generativa”.
Ela ainda apontou que o ambiente de nuvem é a chave para democratizar o uso da computação quântica, uma façanha quase impossível sem serviços de computação em nuvem.
2. Velocidade e Inovação
Com a migração para cloud, as instituições financeiras têm acesso a recursos robustos. Isso permite que algoritmos de I.A sejam processados em alta velocidade, resultando em insights em tempo real e melhor proveito do tempo da equipe.
Em um setor onde milissegundos podem fazer a diferença, essa combinação é um diferencial competitivo.
Durante o evento de tecnologia, o diretor Estrategista Digital da BRQ, Silvio Eduardo de Andrade, deu um exemplo real que explica muito bem como a I.A ajuda a aumentar a produtividade e obter informações do banco.
A instituição recebe um volume alto de chamadas de seus clientes, resultando em horas de gravações de áudio. Esses áudios, em teoria, representam uma mina de ouro de insights, refletindo as necessidades, preocupações e interesses dos clientes.
No entanto, a análise desses registros sempre foi limitada e geralmente baseada em amostras – devido à sua natureza qualitativa. Graças à IA, essa dinâmica mudou. Agora, o banco tem a capacidade de converter esses registros qualitativos em dados quantitativos valiosos, categorizando e identificando tendências, dúvidas, feedback e muito mais.
Então, ao invés de depender de análises amostrais, as instituições agora podem acessar informações factualmente ricas e atualizadas diariamente e de forma muito mais rápida, otimizando assim sua resposta às demandas dos clientes.
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3. Flexibilidade e Personalização
A I.A, com sua capacidade de aprendizado contínuo, pode criar soluções financeiras personalizadas para cada cliente.
Quando essa capacidade de personalização é combinada com a flexibilidade dos serviços de computação em nuvem, temos produtos e serviços financeiros sob medida, desde recomendações de investimentos até soluções de gerenciamento de risco.
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A Meta, por exemplo, utiliza a I.A para mapear comportamentos, ampliar a capacidade de oferecer soluções digitais e desenvolver produtos e serviços que aumentem a satisfação dos clientes.
Não estamos apenas falando de sugestões de produtos, mas de uma compreensão profunda e contextualizada das necessidades individuais dos clientes.
A integração da I.A com a nuvem redefine o paradigma da prestação de serviços financeiros, tornando-o mais dinâmico, responsivo e focado no cliente do que nunca.
4. Eficiência Operacional e Experiência Fluída
Atrelado a sua capacidade de oferecer personalidade, ao combinar I.A e serviços de computação em nuvem, as instituições podem otimizar suas operações, reduzir erros humanos, automatizar tarefas repetitivas e oferecer uma experiência do cliente mais dinâmica.
O Itaú Unibanco, por exemplo, está demonstrando que a migração para cloud não é apenas uma estratégia de inovação tecnológica, mas também uma oportunidade para aumentar a vantagem competitiva.
Com metade de sua plataforma rodando em cloud, a instituição viu uma melhora significativa na experiência do cliente. Fabio Napoli, diretor de TI do Itaú Unibanco, destacou que essa transição para a nuvem levou a uma implantação dez vezes mais rápida, reduzindo o tempo de entrega e melhorando a experiência para o cliente.
A estratégia de inovação tecnológica, impulsionada por essa combinação, não é apenas sobre melhorar as operações internas. É sobre reimaginar completamente a experiência do cliente.
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Até aqui, ficou claro que o setor financeiro está se posicionando de forma estratégica. Estão aproveitando todo o potencial transformador que os serviços de computação em nuvem oferecem, ainda mais quando alinhados à inteligência artificial.
No entanto, é vital que as instituições adotem uma estratégia sólida, respaldada por parcerias e soluções tecnológicas robustas. Assim, é possível colher todos os benefícios e garantir um lugar proeminente nessa era.
Na Dedalus, não apenas observamos essa transformação, como também somos facilitadores dela.
Nossa expertise em criar e gerenciar ambientes de nuvem para o setor financeiro, combinada com soluções de I.A. dos nossos parceiros, nos coloca como o parceiro ideal para uma estratégia de inovação tecnológica através da migração para cloud.
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