Entre os dias 15 e 18 de abril, a Dedalus, representada pela coordenadora de marketing digital Camila Silva, participou do Web Summit Rio 2024, evento que reuniu algumas das mentes mais inovadoras do mundo da tecnologia, entre outras áreas, para discutir as tendências e os impactos da transformação digital.
Com uma programação repleta de palestras e paineis, o evento teve a Inteligência Artificial como assunto dominante, oferecendo insights valiosos sobre como a AI está moldando o futuro do trabalho, das empresas e da sociedade em geral.
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A seguir, confira algumas das percepções que Camila Silva teve sobre o evento e fique por dentro das principais tendências tecnológicas para os próximos anos.
Boa leitura!
Potencial da IA e tendências futuras
Na conversa “How AI Can Drive Efficiency” com Bruno Guicardi, co-founder da CI&T, e Dennis Herszkowicz, CEO da TOTVS, ficou evidente o papel da Inteligência Artificial como uma ferramenta crucial para impulsionar a eficiência nos negócios.
Ambos os palestrantes destacaram a importância da IA em atividades internas, como testes de códigos, que contribuem para aumentar a produtividade. Além disso, discutiu-se como a IA pode ajudar as empresas a reconstruir experiências com seus clientes, permitindo a humanização das interfaces por meio dessa tecnologia.
Mesmo que a IA já não seja mais uma novidade de mercado, sua disseminação ainda abre caminho para novas oportunidades. Dessa forma, as empresas que investem na Inteligência Artificial devem não apenas capacitar seus colaboradores para usá-la de forma eficaz, mas também começar a planejar os próximos passos e se manter atentas às tendências.
O tema regulamentação da IA também foi amplamente abordado no painel. Porém, segundo Herszkowicz, ainda não estamos prontos para esse passo, pois é necessário que a tecnologia se torne mais robusta antes que possamos ter essa discussão de forma eficaz.
A Inteligência Artificial e as considerações político-sociais
As preocupações gerais de que a IA gere algumas ameaças para o mercado também foram debatidas por outros palestrantes, entrando em vieses políticos, econômicos e sociais.
No painel “How to Build Healthy Tech Ecosystems”, que contou com a participação de figuras políticas de Portugal, como Luis Rebelo, Luis Manuel e Martin Kocher, ocorreu o debate sobre as implicações político-sociais da IA.
Eles ressaltaram a importância de programas governamentais obrigatórios para capacitar a população para a inevitável mudança tecnológica, diminuir o risco de desemprego em massa e mitigar a exclusão social resultante da rápida evolução.
Isso porque o despreparo de grande parte dos trabalhadores para o momento da virada de chave, que se aproxima conforme a Inteligência Artificial segue evoluindo, causaria um enorme gap na sociedade, que deve ser contido quanto antes.
Cenário atual da IA na América Latina
Como uma iniciativa para trazer as tendências da IA para mais perto da nossa realidade, o painel “Latam’s Tech Revolution” trouxe Hernan Kazah, Co-Founder & Managing Partner da Kaszek. Nesta discussão, foi apresentado um panorama dos investimentos em tecnologia na região da América Latina.
Ele apontou que os setores financeiro, educacional e de saúde continuam em destaque quando o assunto é transformação digital, além de enfatizar a crescente importância das iniciativas “climatech”, focadas em soluções ambientais.
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Kazah foi questionado se acredita que a América Latina pode se tornar um grande player global em IA, e sua resposta foi cautelosa. Ele mencionou a necessidade de bases de dados extensas e investimentos significativos, afirmando que outras regiões, como a Europa, atualmente têm mais recursos para liderar nesse campo.
No entanto, ele vê potencial para a região se destacar em soluções verticais, mesmo que não alcance um crescimento horizontal significativo em IA.
Riscos da IA na era das fake news
Seguindo o contexto social, na palestra de Renata Lo Prete, âncora da Globo, e Greg Williams, Diretor Editorial da Wired, também foi destacado o papel crucial da IA na verificação de informações em um contexto de DeepFake e áudios gerados por IA Generativa.
Grandes veículos de comunicação, como Globo e New York Times, voltaram a ser referência, pois a confiabilidade e verificação das fontes de informação por profissionais qualificados tornou-se essencial.
Aplicações da Inteligência Artificial no mundo real
No segundo dia do evento, a discussão sobre como a Inteligência Artificial gera impactos positivos no meio ambiente continuou, além do seu impacto no mercado de trabalho, com a extinção prevista de carreiras, principalmente as operacionais e repetitivas.
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Porém, o principal destaque ficou para o caso da Deb, uma solução de IA desenvolvida para diminuir situações de vieses, promover a igualdade racial e fornecer informações confiáveis em questões sensíveis.
A Deb atua como uma ferramenta para “alfabetizar” as pessoas nesses temas e ampliar sua participação em espaços de forma mais ativa. A palestra “Meet Deb: AI For Good”, ministrada por Luana Génot, apresentou essa iniciativa como um exemplo de como a IA pode ser utilizada para promover a inclusão e combater a discriminação.
Compreendendo a IA: modelos de grafos de conhecimento vs. LLMs tradicionais
Ainda sobre o futuro da Inteligência Artificial, foi discutida a diferença entre modelos de IA, como os baseados em grafos de conhecimento e os tradicionais modelos de machine learning, e como determinar qual modelo é mais adequado, considerando os requisitos específicos do negócio e as características dos dados.
Segundo a palestrante Aline Oliveira Pezente, co-founder da Traive, os modelos tradicionais de LLMs (Large Language Models) interpretam as informações de maneira diferente a cada vez, podendo trazer as solicitações para um contexto muito literal.
Por exemplo, ao receber o termo “lápis”, as IAs Generativas inicialmente trazem a imagem do objeto. Mas, ao insistir, podem apresentar o conceito de “caligrafia”. Esse tipo de tecnologia, já utilizada no ChatGPT, visa enriquecer os dados disponíveis para os algoritmos, abrindo novas verticais dentro dos LLMs.
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Já os modelos de grafos de conhecimento são mais avançados, treinando os algoritmos de uma maneira mais robusta para fornecer respostas mais inteligentes, mantendo a consistência com os dados apresentados a cada interação. Essa abordagem permite um retorno mais preciso e inteligente em comparação com os LLMs tradicionais.
Inteligência Artificial: desafios e oportunidades para o futuro
Em suma, o Web Summit Rio 2024 trouxe à tona diversos temas relacionados à IA e como ela está redefinindo a forma como interagimos com o mundo.
Com ela, temos uma oportunidade significativa de avanço, mas os palestrantes trouxeram um alerta: não podemos ignorar os impactos positivos e negativos que a tecnologia pode trazer para o contexto político, social e econômico mundial.
Assim, o principal insight que Camila Silva, da Dedalus, pôde tirar do evento é que a chave para enfrentar os desafios futuros será a adaptação e o desenvolvimento contínuo, garantindo que a IA seja uma força positiva e inclusiva na sociedade.
Quer continuar acompanhando as tendências tecnológicas e descobrir como sua empresa pode se destacar no cenário de disrupção que vivemos atualmente? Acompanhe o blog da Dedalus e converse com nossos consultores para tirar suas dúvidas!