Você já se perguntou como grandes modelos de IA como o Copilot e o Bedrock conseguem responder a uma infinidade de perguntas, mas ainda assim parecem genéricos em algumas situações? É por isso mesmo que existe uma técnica poderosa e cada vez mais essencial no universo da inteligência artificial: o fine-tuning.
Embora os LLMs (Grandes Modelos de Linguagem) sejam treinados com trilhões de dados da internet, eles são, por natureza, generalistas. Eles aprendem a prever a próxima palavra com base nesse vasto conhecimento, mas não carregam o tom de voz da sua marca, a terminologia específica do seu setor ou as nuances dos seus dados proprietários.
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Neste artigo, exploraremos como o fine-tuning permite que você adapte um modelo pré-treinado às suas necessidades, mas também o transforme em um especialista, com um conhecimento aprofundado e um comportamento personalizado. Boa leitura!
O que é fine-tuning?
O Fine-tuning é um processo de aprendizado adicional que você aplica a um modelo de IA ou LLM pré-treinado. Pense no modelo pré-treinado como um estudante que acabou de se formar na universidade: ele tem um vasto conhecimento sobre o mundo, mas ainda não tem experiência profissional.
O fine-tuning é como um estágio ou um curso de especialização. Você o alimenta com um conjunto de dados menor e mais específico, relacionado à sua tarefa ou domínio, e o modelo “reaprende” a partir dessas novas informações, ajustando seus parâmetros para se adequar ao novo contexto.
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Essa técnica se diferencia de outras abordagens, como a engenharia de prompts, que apenas direciona o modelo em tempo de execução, sem alterar o seu conhecimento interno. Com o fine-tuning, o conhecimento do modelo é permanentemente modificado, tornando-o mais eficiente, preciso e alinhado com o seu objetivo.
Por que fazer fine-tuning é crucial para o seu negócio?

A capacidade de adaptar modelos de IA pré-treinados não é apenas uma conveniência, é uma vantagem competitiva. Veja por quê:
- Aumento da precisão e relevância: Um modelo generalista pode errar ao lidar com terminologias específicas. Por exemplo, um LLM padrão pode não entender a diferença entre “capital de giro” e “lucro líquido” no contexto financeiro da sua empresa. Com o fine-tuning, o modelo aprende as nuances do seu negócio.
- Adoção do tom de voz da marca: Seu assistente de IA precisa ter a mesma personalidade e linguagem que a sua marca usa no site, nas redes sociais e no atendimento ao cliente. O fine-tuning permite que o modelo aprenda e replique esse estilo, garantindo consistência e fortalecendo a identidade da sua empresa.
- Redução de custos e latência: Um modelo ajustado (fine-tuned) é mais eficiente. Ele precisa de prompts mais curtos e gera respostas mais rápidas, o que reduz o custo por chamada à API e melhora a experiência do usuário.
- Melhora da segurança e governança: Com dados proprietários e curados, você reduz o risco do modelo gerar conteúdo inadequado ou alucinar (inventar fatos). O fine-tuning oferece maior controle sobre as respostas, garantindo que o modelo se mantenha dentro dos limites desejados.
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Como é o processo de fine-tuning?

1. Preparação dos dados
Essa é, sem dúvida, a etapa mais importante. A qualidade do seu fine-tuning depende inteiramente da qualidade das informações. Você precisa de um conjunto de dados proprietário e limpo, formatado como pares de pergunta/resposta ou exemplos de texto.
- Coleta e curadoria: Seus dados podem vir de várias fontes: transcrições de conversas de atendimento ao cliente, manuais internos, artigos de blog ou documentos técnicos.
- Limpeza e formatação: Os dados devem ser consistentes e estar no formato correto para o modelo. Remover informações duplicadas, corrigir erros de digitação e padronizar a estrutura são passos cruciais.
- Governança de dados: Ter uma plataforma que gerencia e organiza seus dados é vital. A solução Midas da Dedalus, por exemplo, oferece a granularidade necessária para gerir esses conjuntos de dados de forma segura e eficiente, garantindo a rastreabilidade e a qualidade das informações.
2. Escolha e configuração do modelo base
Você não precisa treinar um modelo do zero. O poder do fine-tuning é usar um modelo de IA pré-treinado como ponto de partida.
- Seleção do LLM: Escolha um modelo base que se adapte às suas necessidades. Lembre-se: modelos maiores são mais poderosos, mas exigem mais recursos.
- Configuração: Ajuste os hiperparâmetros do modelo, como a taxa de aprendizado, para otimizar o processo de fine-tuning e obter os melhores resultados.
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3. Execução do treinamento e implantação
Com os dados e o modelo prontos, é hora de colocar a mão na massa.
- Execução: O treinamento pode ser um processo intensivo em termos de recursos computacionais. É aqui que uma infraestrutura escalável e gerenciada faz toda a diferença. Soluções de orquestração de cloud, como o Atlas da Dedalus, garantem que você tenha os recursos de computação necessários para rodar o processo de fine-tuning sem gargalos.
- Avaliação: Após o treinamento, avalie o modelo ajustado para garantir que ele atenda aos seus requisitos de performance.
- Implantação: Uma vez validado, o modelo pode ser implantado em produção e disponibilizado para seus usuários.
Sua jornada de IA com a Dedalus
O fine-tuning é uma técnica transformadora, mas para colher seus benefícios, você precisa de uma estratégia sólida e das ferramentas certas. Na Dedalus, entendemos os desafios de trabalhar com LLMs e modelos de IA em escala.
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A plataforma Atlas oferece um ambiente intuitivo para você experimentar, desenvolver e gerenciar seus projetos de IA. Com ela e com o apoio constante dos nossos especialistas, a sua empresa tem tudo que precisa para dominar o fine-tuning e transformar modelos genéricos em ativos de negócios poderosos e personalizados.
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